O rio
Capibaribe, acima de Santa Cruz do Capibaribe, está perdendo suas areias pela
exploração com máquinas pesadas que destrói o último manancial de água na
região, apesar da grande seca que enfrentamos no semiárido. Os barreiros
secaram, o rio secou, a barragem de Poço Fundo secou e agora só resta a água do
lençol freático, guardada e protegida da evaporação na areia de aluvião, no
leito do rio seco. Esta água pode até servir à cidade, que passa por momento
crítico.
O crime continua a despeito das denúncias à CPRH e ao Ministério
Público. Por isso precisamos fazer uma campanha forte para pressionar uma
atitude responsável das autoridades. O Programa Capivara de Educação
Socioambiental na Bacia do Capibaribe, conduzido pelo Comitê da Bacia do
Capibaribe e pela Universidade Federal Rural de Pernambuco, pede o apoio de
todos os que estão envolvidos com o Programa e daqueles que acreditam que a
atividade de mineração deve ser compatível com a conservação ambiental e da
vida.
Em maio deste ano o Programa Capivara tomou conhecimento do fato
com uma visita à área. No mesmo mês o COBH Capibaribe (formado por 45
instituições, entre órgãos do governo estadual, prefeituras, empresas,
associações de usuários da água, universidades e organizações não
governamentais) levou o assunto para a sua Reunião Geral e criou um Grupo de
Trabalho Técnico que já elaborou oficialmente a sua conclusão: a exploração
como está sendo feita prejudica os recursos hídricos e as populações rurais
usuárias da água, além de ser uma grande afronta ao meio ambiente. Em agosto o
COBH aprovou por unanimidade o trabalho da comissão, levando o assunto ao
Ministério Público Estadual.
Mas até o momento o crime continua a passos largos. Agora
resta-nos a mobilização pública, de indignação e cobrança.
Por isso, pedimos a participação das escolas (estudantes,
professores, gestores, familiares), das associações e dos órgãos interessados
em reverter esta situação absurda.
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