A
Guerra do Vietnã que foi iniciada no final dos anos de 1950 e teve seu fim em
1975, foi uma das mais sangrentas guerras em que os norte-americanos
participaram. É nesse contexto que o nosso personagem da foto e do título do
artigo aparece, um monge budista chamado Thich Quang Duc diante de mais de 500
pessoas em 1963, que protestava e procurava chamar a atenção mundial para a
repressão sofrida pelos monges budistas sob o governo católico de Ngo Dinh Diem
no Vietnã do Sul, que era apoiado pelos EUA. De uma forma radical, resolveu
atear fogo em seu próprio corpo, eis que apenas um repórter presenciou tal
ação. Malcolm W. Browne foi o fotógrafo que fez mudar os rumos da Guerra do
Vietnã, na época, a foto chocou por demais a opinião pública e fez com que a
Casa Branca repensasse o apoio dado a Ngo Dinh Diem. Na época, a foto do monge
se banhando em combustível e ateando fogo a si mesmo virou a imagem principal
dos maiores jornais do mundo.
Um
jornalista, uma pessoa comum fez mudar mesmo que de forma lenta, o rumo de
milhares de pessoas por um simples ato de noticiar aquilo que de fato estava acontecendo.
No mundo atual, os diversos tipos midiáticos fazem com que não apenas os
jornalistas, mas as pessoas ditas comuns também possam trazer fatos noticiosos
e exprimam sua opinião a cerca de diversos assuntos.
Pensar
e modificar nossa realidade são situações puramente humanas. O homem é o único
ser capaz de perceber e apreender os fatores inerentes a sua existência. Essas
habilidades é que nos faz um ser que se comunica e que se faz compreender
através dos processos de comunicação, somos um alguém que existe no mundo e
para o mundo, não podendo, portanto jamais assumir uma postura de neutralidade.
A
evolução pode acontecer em nosso país, estado, cidade, o poder da informação
está em nossas mãos para que possa acontecer uma verdadeira revolução. Nos dias
atuais a informação tornou-se vital para tudo que nos cerca. A mudança do que
nos cerca está em nossas mãos a todo o momento. Se nos calarmos para os
descasos cotidianos, seremos tão culpados quanto os que praticaram tais atos. Não
precisa ser tão radical quanto o monge em chamas, mas fale, grite, esbraveje,
sussurre, não importa como, mas faça acontecer.
Uma
ação mesmo que simples poderá mudar o rumo de muitos, uma foto, uma informação,
um vídeo, um simples ato de expor o que lhe incomoda poderá fazer a grande
diferença para um futuro melhor.
Encerro
este artigo com uma frase do grande Paulo Freire:
“Ninguém pode estar no mundo, com o mundo e com
os outros de forma neutra.”
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