Vereador: por um voto consciente também

Por Gustavo Bezerra

Assim como acontece com o voto para prefeito, onde se vota em cor, feito pastoril; em partido, chegando ao absurdo de muita gente chegar a dizer que vota em um cachorro, contanto que seja do seu partido; o voto para vereador vem perdendo muito em sua importância. A cada legislatura, a câmara vai perdendo em qualidade e as discussões se tornam cada vez mais politiqueiras.

A tendência é que esta legislatura piore, pois vai passar de 10 para 17 vereadores.

Os argumentos do voto são extremamente frágeis: “voto porque é meu amigo”, “voto porque fulano é gente boa”, “voto porque fulano é do meu partido”, “voto porque conheço fulano desde pequeno”, “voto porque fulano se passou e a gente tem que eleger ele”, e por aí vai.

Com esse voto sem consciência, o papel do vereador é esquecido, ou realmente, não é sabido pela maioria da sociedade, e assim, eles não farão o que lhes é de responsabilidade, fiscalizar o prefeito.

E aí começa a confusão, pois em Santa Cruz, a briga, uma vez eleito, é para se presidente da câmara, já que em Santa Cruz, ser presidente da câmara significa ser um segundo prefeito.

Acho muito difícil uma melhora no quadro de vereadores para a próxima legislatura, porém, é preciso que façamos a nossa parte e cada um escolha o seu vereador com a consciência de cobrança do que ele pode contribuir com a nossa cidade e não com o seu partido.

Torço para que isso aconteça para mais tarde não termos uma cidade cada vez mais inviável culturalmente e sem qualidade de vida nenhuma, onde sua importância seja apenas financeira. E assim, você sempre terá um partido forte e sua cidade em segundo plano.