O “muído” continua no Campo das Princesas.
Jantar
indigesto...
...O ocorrido na noite desta
segunda-feira, 09 de julho, entre a Presidente Dilma Rousseff e os Governadores
de Pernambuco Eduardo Campos e do Ceará Cid Gomes, ambos do PSB. No cardápio a
crise institucional gerada com os últimos acontecimentos envolvendo o PT e o
PSB, especialmente nas cidades de Belo Horizonte, Fortaleza e Recife, onde
entreveros locais levaram as duas legendas para campos opostos, motivando o PSB
a firmar alianças com adversários veniais do petismo, entre eles os Senadores
Aécio Neves (PSDB-MG) e Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE).
A toda prova.
Um dia depois do encontro
com Cid Gomes (PSB-CE) e Eduardo Campos (PSB-PE) Dilma se reuniu com o Vice-Presidente
Michel Temer (PMDB) consagrando o partido de Temer como seu principal aliado em
2014. Com o gesto Dilma mata dois coelhos numa cajadada só; prestigia o PMDB
por conta do imediato apoio à candidatura petista em Belo Horizonte ( diante do
rompimento do PSB, como o feito em Recife) e desqualifica qualquer dúvida dos
peemedebistas em relação a um possível favorecimento do Planalto ao PSB.
No gatilho.
Na presença do presidente
nacional do PT, Rui Falcão, Dilma reafirmou o apoio do Planalto ao deputado
potiguar Henrique Eduardo Alves (PMDB). Dilma responde na mesma moeda a decisão
do Governador pernambucano em lançar nome próprio de seu partido ao governo
municipal de Recife contra o candidato petista Humberto Costa, Senador eleito
na chapa encabeçada por Eduardo Campos em 2010.
O que a gente disse?
A cada dia que passa, ficam mais
evidentes as pretensões do Governador Eduardo
Campos de compor uma chapa majoritária nas eleições presidenciais de 2014, e sabendo
das poucas chances que teria com o Partido dos Trabalhadores, que vê no PMDB a
sua menina dos olhos, Campos ensaia desde meados do ano passado sua migração
para o campo das oposições.
O que dizem em Brasília.
Nos bastidores do poder afirma-se que a
debandada do PSB em Minas foi uma ação orquestrada entre Eduardo Campos e o Senador
Mineiro Aécio Neves para alijar o Partido dos Trabalhadores da chapa que
concorre à reeleição do Prefeito Márcio Lacerda (PSB) ao governo municipal de
Belo Horizonte.
Motivações.
O que concorreu fortemente
para essa decisão de Eduardo em ambicionar a vice-presidência numa coligação
oposicionista foi o fato de a então candidata Dilma Rousseff compor com o PMDB,
não contemplando a região nordeste em sua vice, indicando um paulista para o
cargo, Michel Temer. Na concepção de Campos, uma possível chapa composta por um
nome nordestino teria grandes chances de reverter o favoritismo petista na
região que, em termos proporcionais, foi a que mais votos creditou à Dilma na
eleição anterior.
O rugido de Ideli ecoa no
Recife.
Ao passo em que a Presidente
Dilma se articulava para os projetos futuros do PT e do PMDB, a Ministra das
Relações Institucionais Ideli Salvatti clamava pela pronta adesão da militância
petista do Recife na campanha de Costa afim de ‘derrotar’ o candidato de
Eduardo Campos, Geraldo Júlio, escolhido ao apagar das luzes do período máximo
das convenções que era 30 de julho.
As farpas de Júlio ao PT.
No ato de lançamento oficial
da candidatura do PSB ao governo do Recife, o candidato Geraldo Júlio declinou
do tom pacifista dos primeiros atos de campanha e soltou farpas contra os
petistas pernambucanos, enumerando para os presentes o bloco de apoio angariado
por ele entre senadores, deputados federais e estaduais, além de vereadores da
capital pernambucana: "Eles estão todos unidos porque escolheram o caminho
do bem, sem brigas. A nossa briga é só uma: brigar pelas melhorias do povo. Já
passou o tempo de ficar brigando um com o outro para ver quem consegue isso ou
aquilo para si, brigando para ver quem vai ser prefeito. A nossa briga é pelo
povo! Por isso estamos unidos."
Aonde Júlio vai, Eduardo vai
atrás...
No ato público da noite de
quarta-feira, na Guabiraba, zona norte do Recife, o candidato Geraldo Júlio não
pode contar com a presença do padrinho político o Governador Eduardo Campos,
que estava em atividades do governo do estado, mesmo assim, Campos gravou
vários vídeos de apoio à Júlio que serão usados nos eventos em que não poderá
participar.
C’est-fini da coluna.
O ruído entre os Palácios do
Planalto e do Campo das Princesas respingará no estado de Pernambuco?
*Por Ednaldo Jr.
Professor de
Geografia, Sociologia e Atualidades em Pernambuco
e na Paraíba e
colunista do Mala Política.
Eduardo tá apostando no guia da tv, vamos ver se ele vai saber lidar com essa situação e se os correligionários saberão trabalhar com a ideia de ter que ir no limite para chegar ao segundo turno. A coisa toda poderá ser voto a voto
ResponderExcluirObrigado pelo comentário amigo João e participe sempre!
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