(*)
A
Política e a Liberdade.
"A
liberdade política é a condição prévia do desenvolvimento econômico e da
mudança social" afirmou certa vez John F. Kennedy,
ex-presidente norte americano, considerando que não há desenvolvimento que se
sustente sem que haja uma mentalidade renovada da classe política quanto ao
papel exercido por esta enquanto elemento de construção identitária dos princípios
norteadores da ética na sociedade contemporânea.
A
cidade é o ponto de partida de toda intervenção política, de suas ações, e
carece, via de regra, de um conjunto de investimentos que sugiram mecanismos
capazes de produzir transformações profundas na estrutura física, cultural e
produtiva desta, e somos nós, agentes constituintes do tecido social, os
principais responsáveis por deflagrar esse processo de mudança que urge em ser
posto em prática.
Pensar-se
enquanto cidade, vivenciar seus problemas, discutir seus desafios e exigir a
resolutividade dos mesmos é premissa fundamental para que um novo tempo se
estabeleça. Somos políticos natos, não quanto às nossas convicções partidárias,
mas por nossa própria condição de operadores do processo social, aqueles que
diretamente são favorecidos ou atingidos por seus dramas e desafios.
O
que é liberdade política? Como pensar nisso numa terra em que os agentes
políticos não são humanos, e sim deuses, pessoas acima do bem e do mal,
destituídas de qualquer mácula ou desvio para os seus defensores, enquanto que
os oponentes são demonizados e escarnecidos como escória sem nenhum valor
humano e moral?
O
berço de nossa identidade é a cidade, e é dela que devemos cuidar, vergar-nos
sobre seus problemas, lutar para que sejam sanadas as carências que demandam as
periferias, a zona rural e os setores fundamentais da economia local,
especialmente numa terra em que os ventos ecoam os ares do trabalho que não
permitem cessar o ruído das máquinas que, como uma sinfonia ao progresso,
alavancam a força e a determinação de nossa gente, porém, não vemos esse mesmo
ímpeto em nossos representantes que legam aos quatro cantos um amor inarredável à capital das
confecções, mas, na prática, tal sentimento, pouco ou quase nada arregimenta
nos altos escalões dos governos estadual e federal sufrágios em favor desta que
é uma terra abençoada e Santa até no nome.
(*) Prof. Ednaldo Jr
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