Ao
passar o dia, ontem, em Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste
Setentrional, a 196 km do Recife, acompanhando a crise que se instalou
arrastada pelo lixo hospitalar americano, deu para ratificar a tese que
levantamos neste espaço, no dia anterior, de que o Governo do Estado
vacilou na fiscalização em Suape.
Até
o mais leigo morador da cidade sabe que o comerciante Airton Teixeira
de Moura, um cearense que invadiu o polo de confecção pernambucano,
importava material hospitalar dos Estados Unidos há pelo menos três
anos. Não se sabe se pagava alguma coisa ou recebia os entulhos de
graça.
O
fato mais grave é que a sulanca de Santa Cruz do Capibaribe nunca mais
foi a mesma depois da chegada dele à região. Com os importados,
desencadeou uma guerra com os demais comerciantes, praticando um preço
bem abaixo do mercado na venda principalmente de forro para calça jeans,
principal destino do tecido que entrava por Suape como lixo hospitalar.
Os
comerciantes do polo também dizem, abertamente, que o cearense só foi
flagrado por causa da apreensão no mesmo porto, uma semana antes, de
cointêners abarrotados de cocaína.
“Não
fosse a cocaína, os importados americanos ainda estavam reinando em
Santa Cruz sem nenhuma reação do Governo”, atesta um comerciante, que
pede omissão do nome para não ser retaliado. Agora, não adianta chorar o
leite derramado.
O
que o Governo tem que fazer é tomar medidas severas para salvar o polo
sulanqueiro, cuja imagem ficou extremamente arranhada no resto do País.
Afinal, o assunto é destaque no Jornal Nacional há mais de uma semana. E
até no Fantástico!
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